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II CURSO DE EDUCAÇÃO
A DISTÂNCIA ALTERAÇÕES GENÉTICAS E MOLECULARES DOS TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL NA FAIXA ETÁRIA PEDIÁTRICA |
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Sumário
As neoplasias do sistema nervosa central (SNC) constituem um grupo importante de tumors na faixa etária pediátrica. Estes tumores constituem o segundo grupo mais frequente de neoplasias (depois das leucemias), e o grupo mais frequente de tumores sólidos nesta faixa etária.
Apesar de sua importância, os avanços no tratamento de crianças portadoras de tumores do SNC tem sido bem mais lento do que aqueles obtidos com outros tumores pediátricos comuns.
As neoplasias do SNC constituem um grupo de tumores com aspecto histológico muito variado. Os grupos mais comuns de tumores do SNC em crianças são os gliomas (40% a 50%) e os tumores embrionários (20% a 25%).
O melhor conhecimento das alterações genéticas e moleculares envolvidas na gênese destes tumores é importante por varios motivos:
1. Melhor compreensão de sua etiologia
2. Melhora em sua classificação
3. Melhora no seu diagnóstico
4. Gerar novas formas de tratamento
5 . Aconselhamento familiar
TUMORES EMBRIONÁRIOS
Dentre os tumores embrionários eu vou abordar as alterações genéticas e moleculares conhecidas em meduloblastoma e no tumor rabdóide/teratóide atípico.
Meduloblastoma
É o tumor maligno do SNC mais comum em crianças, e é aquele em que as alterações genéticas e moleculares são melhor conhecidas. Histologicamente, estes tumores são divididos em tumores com histologia clássica e 4 variedades:
1. Desmoplástico
2. Grandes células/anaplástico
3. Medulomioblastoma
4. Melanótico
Muito do conhecimento da genética desta neoplasia foi obtido através do estudo de síndromes genéticas que predispõem os indivíduos afetados a desenvolver meduloblastoma, entre elas a síndrome de Li-Fraumeini, a síndrome de Gorlin e a síndrome de Turcot.
A síndrome de Gorlin se deve a mutação do gene Patched. A via intracelular associada com este gene (via do SonicHedgehog/Patched) apresenta mutações em vários de seus componentes em aproximadamente 20% dos meduloblastomas esporádicos (ou seja, em crianças afetadas aonde não há suspeita de predisposição familiar).
A síndrome de Turcot do tipo 2 leva à predisposição a desenvolver carcinoma do colo e meduloblastoma. Vários componentes desta via (via do Wingless) também apresentam mutações em aproximadamente 20% dos meduloblastomas esporádicos.
Por último, mutações do gene TP53 são incomuns em meduloblastoma (<10%) mais outras alterações desta via ocorrem em até 20% dos casos esporádicos.
A proteina ERBB2, um membro da família dos receptores do fator de crescimento epidérmico, tem sua expressão aumentada em 10% a 40% dos meduloblastomas dependendo do seu tipo histológico, e sua expressão aumentada está associada com a variedade de células grandes/anaplástico e com um pior prognóstico. Da mesma forma, amplificação dos genes MYCC e MYCN (<10% dos casos) é incomum e esta associada com a mesma variedade de células grandes/anaplástico. No entanto, a expressão aumentada do RNA do MYCC ocorre mais comumente (até 50% dos casos) e também esta relacionada com um pior prognóstico.
Outras anormalidades genéticas e moleculares encontradas em meduloblastoma incluem alterações na quinase da tirosina C (TrkC) e no cromossomo 17, que também são discutidas nesta apresentação.
Tumor rabdóide/teratóide atípico
Este é um tipo de tumor extremamente agressivo que é comum apenas em crianças menores (<3 anos). Neste tumor, a maioria dos casos apresenta mutação ou deleção do gene INI1 que se encontra no braço longo do cromossomo 22.
GLIOMAS
Dentre os gliomas, eu concentro minha apresentação nos gliomas de alto grau de malignidade, os quais perfazem somente uma pequena fração dos tumores de SNC em crianças (6% a 12%) se comparado à adultos, onde estas são as neoplasia primárias de SNC mais prevalentes.
Em se comparando com os tumores de adultos, muito pouco se conhece sobre os gliomas de alto grau de malignidade pediátricos. Eu abordo 3 vias intracelulares que são comumente afetadas em tumores de adultos: a via do gene TP53, a via do ERBB (receptor do fator de crescimento epidérmico) e a via da quinase do fosfatidilinositol-3' (PI3K).
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5. Referências Bibliográficas
• 1. Gilbertson RJ. Medulloblastoma: signalling a change in treatment. Lancet Oncol 2004; 5:209-218
• 2. Ellison D. Classifying the medulloblastoma. Neuropathology and Applied Neurobiology 2002; 28:257-282
• 3. Broniscer A, Gajjar A. Supratentorial high-grade astrocytoma and diffuse brainstem glioma: two challenges for the pediatric oncologist. The Oncologist 2004; 9:197-206
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