Dra. Patrícia Imperatriz Porto Rondinelli
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II CURSO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
ATUALIZAÇÃO EM ONCOLOGIA PEDIÁTRICA
Módulo(X)

NEOPLASIAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Objetivos

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Sumário

Se pudermos agrupar todos os pacientes pediátricos portadores dos tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) em um só grupo, apesar da heterogeneidade de neoplasias que eles podem apresentar, atualmente encontramos taxas de cura aproximadamente de 50%. Por outro lado, muitos autores tem descrito uma maior incidência de tumores cerebrais na população pediátrica nas últimas décadas. Portanto, se maior número de casos tendem à ocorrer e relativamente é maior a sobrevida nos dias de hoje do que no passado, cada dia mais teremos sobreviventes deste tipo de neoplasia.
Pensando nisto, os protocolos atuais de tratamento visam atingir um máximo de cura na tentativa de minimizar as seqüelas nos vários setores: hormonais, reprodutivos, otológicos, cardíacos, ósseos e principalmente, neurocognitivos.
A deficiência na cognição está diretamente relacionada a vários fatores, que podem estar envolvidos no tratamento da neoplasia (por exemplo a extensão da neurocirurgia, a utilização da quimioterapia ou da radioterapia) ou presentes individualmente (por exemplo, a idade do paciente, a localização do tumor e o dano já causado pelo tumor antes de iniciar o tratamento).
Infelizmente, o tecido cerebral danificado não se regenera. A criança é muito mais vulnerável aos efeitos da radioterapia que o adulto. Vários estudos demonstram que a idade menor que 5 anos, e principalmente menor que 3 anos, é o grupo mais prejudicado neurologicamente, pois o processo de mielinização do SNC ainda não está concluído, e porque é a fase da vida em que o tecido cerebral mais cresce.
A neurocirurgia tem papel decisivo nos tumores cerebrais pois pode estabelecer um diagnóstico histopatológico, pode diminuir o efeito de massa causado pelo tumor, pode reestabelecer o fluxo liquórico e pode contribuir para a cura. As seqüelas conseqüentes à cirurgia de crânio dependem principalmente da habilidade do neurocirurgião, da localização do tumor e da condição pré operatória do paciente. Por exemplo, uma síndrome clínica conhecida como mutismo cerebelar, pode seguir-se à manipulação cirúrgica de lesões de fossa posterior, evoluindo com uma incapacidade de expressão através da fala e da mímica facial. Freqüentemente, o quadro de mutismo é reversível em período variável de dias a meses.
A radioterapia é reconhecida como a grande vilã dentre as modalidades de tratamento dos tumores cerebrais, pois é a modalidade mais relacionada às seqüelas cognitivas. Vários estudos analisando a inteligência global de pacientes pediátricos mostraram imensa diferença entre o quoeficiente de inteligência (QI) de crianças irradiadas e não irradiadas. Nas crianças maiores e no adulto, a radioterapia cerebral também exerce efeitos adversos na memória e na cognição, mas, com seqüelas freqüentemente bem tênues se comparadas à criança menor de 5 anos de idade.
A quimioterapia por si só também exerce um dano cognitivo. Estudos sobre altas doses de methotrexate sistêmico ou da sua utilização intratecal mostram que esta droga parece exercer uma influência no status neurológico final, assim como comprovadamente, aumenta a possibilidade, juntamente com a radioterapia, de desenvolvimento de leucoencefalopatia e outros tipos de degeneração da substância branca cerebral.
Torna-se extremamente difícil determinar o quanto cada modalidade de tratamento é responsável por cada dano neurológico, já que na maioria das vezes elas são utilizadas simultaneamente na criança. Considera-se que a deficiência neurocognitiva nas crianças tratadas por tumores do SNC na verdade é multifatorial.

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5. Referências Bibliográficas

1) Johannesen TB, Lien HH, Hole KH, et al. Radiological and clinical assessment of long-term brain tumor survivors after radiotherapy. Radiotherapy and Oncology 2003;69:169-76.

2) Reimers TS, Ehrenfels S, Mortesen EL, et al. Cognitive deficits in long term survivors of childhood brain tumors: identification of preditive factors. Med Ped Oncol 2003;40:26-34.

3) George AP, Kuehn SM, Vassilyadi M, et al. Cognitive sequelae in children with posterior fossa tumors. Pediatr Neurol 2003;28:42-47.



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