Curso
Capacitação Docente em
Educação a Distância em Saúde
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Educação, Tecnologia e Distância Elomar Christina Vieira Castilho Barilli
Certamente não se discute a apropriação
da tecnologia pela sociedade, nem sua importância, como ferramenta
de apoio, para a educação. Como bem disse Eduardo Chaves
(aula expositiva: O Computador como Tecnologia Educacional), cabe à
escola fazer cumprir o paradigma educacional atual, que é formar
o cidadão para uma atuação plena dentro dessa sociedade,
a qual traz, como alguns fatores determinantes de sua contemporaneidade,
a busca pela informação, a necessidade de comunicar-se, enfim,
comportamentos que utilizam a tecnologia como suporte.
‘Gargalos’ que impedem a efetivação de propostas educativas em EAD A aula expositiva, Uma Visão Geral
sobre Educação a Distância, enfocou aspectos
importantes que se traduzem em verdadeiros ‘gargalos’ para
efetivação de propostas educativas em EAD, que passo a comentar:
¨ Estabelecer critérios que garantam a autoria de conteúdos inéditos elaborados exclusivamente para propostas de EAD - Alguns professores consideram ser suficiente simplesmente ‘transformar’ um curso presencial para EAD, fazendo apenas algumas modificações. O resultado dessa idéia errônea é a utilização de apostilas, fichários e outros, os quais resumem-se em verdadeiras ‘colchas-de-retalho’, muitas vezes de difícil entendimento. Obviamente, se por um lado o autor que se empenha em produzir materiais inéditos, atuais, consistentes, com linguagem adequada tanto à modalidade de ensino quanto à clientela-alvo do curso espera garantias mínimas de autoria; por outro, as instituições, da mesma forma, esperam garantias de exclusividade. Algumas instituições têm enfrentado essa questão com a utilização de contratos e procedimentos de registro de propriedade intelectual (ou outro registro). ¨ “Saber trabalhar em grupo”. As equipes
de desenvolvimentos de cursos de EAD são obrigatoriamente multidisciplinares,
contando, de forma ideal, com um coordenador-geral e duas subequipes: 1)
de desenvolvimento pedagógico – coordenador-pedagógico, especialistas
de conteúdos (autores), especialistas em EAD, professores-orientadores
(tutores); e 2) de desenvolvimento e implementação de interfaces
(ou de desenvolvimento tecnológico) – coordenador de desenvolvimento,
designers (tratamento de imagem, editoração e lay-out), fotógrafo
(produção de imagens), revisor, informatas (engenheiro de
software, programadores, digitadores), músico e profissional de
marketing. Tais equipes, dependendo da natureza do curso, envolvem
mais de cem pessoas (como no casos dos consórcios interinstitucionais),
cada qual com sua responsabilidade e igual nível de importância
dentro do processo. O que se observa, às vezes, são incompatibilidades
provenientes de ‘estrelismos’ que só comprometem o os prazos e,
logicamente, aumentam os custos. Nesse caso, o que se tem procurado fazer
é identificar líderes que, além da habilidade inerente
ao processo, também sejam bons articuladores e, sobretudo, saibam
trabalhar com estrelas.
¨ “Cooperação multi e
interinstitucional, portanto, é o novo paradigma.” Finalmente, no
terceiro milênio, o homem despertou para princípios milenares
orientados para a universalização, horizontalização
de papéis, compartilhamento de saberes, integração
de idéias... Sem ousar levar esse escrito para outros campos do
conhecimento, é indiscutível que tais princípios refletem-se
na educação. Passada a primeira fase de aprendizado em que
cada instituição desenvolvia propostas de EAD de forma isolada
baseadas em realidades específicas, hoje a maioria dos profissionais
que atuam nesse campo já concluíram que o caminho mais promissor
é o de compartilhar vivências. Esse realmente é o caminho.
Em passado não muito distante, a tônica da EAD centrava-se
no estudo individual, hoje já se fala em estudo colaborativo a distância.
Finalizo criticando a afirmação:
“o professor passa a ser um facilitador, e perde o papel tradicional de
válvula de toda a informação que chega ao aluno.”
Certamente, trata-se de um preciosimo, mas prefiro dizer que, dentro do
contexto da EAD, o professor deixa de ser um repositório de informações
para ser o coordenador da aprendizagem, integrando como uma das habilidades
inerentes a essa competência a de facilitador da aprendizagem.
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