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Repensando o ensino em saúde
Existem muitas barreiras para que os
médicos e outros profissionais de saúde efetivamente participem
da educação continuada e da educação da distância
no Brasil. Quais seriam as principais, na sua opinião? Como mudar
o ensino de saúde de graduação para derrubar essas
barreiras? Como levar o profissional de saúde a usar mais as tecnologias
de informação no seu dia a dia?
O exercício da Medicina exige uma
atualização constante, seja checando a dose e interações
medicamentosas, no DEF ou VADE-MÉCUM. Seja voltando ao Harrison
ou Current, para estudar alguma particularidade que determinado paciente
esteja apresentando.
Ou seja, devido a nossa incapacidade de
armazenar toda a informação médica existente, precisamos
de recursos que possibilitem o acesso a essas informações,
portanto a educação continuada é uma constante na
vida do médico.
Por certo que atualizações
requerem uma postura ativa do médico para que busque informação,
seja através de livros, revistas científicas, ou Internet.
E não apenas aguarde passivamente, as novas "descobertas" da indústria
farmacêutica, trazidas ao seu consultório pelo tão
bem preparado representante de laboratório. Ou mesmo as louváveis
iniciativas de algumas sociedades, em promover eventos de EMC.
Entendo a Internet, e a EAD baseada na
Web, como mais uma mídia para informações em saúde.
Uma mídia privilegiada, pela sua versatilidade, de hipertextos à
animações e vídeos. Com custo de publicação
incomparavelmente inferior as outras formas de distribuição
de conhecimento. E com um poder de penetração em franca expansão.
Portanto, penso que o maior entrave aos
programas de EAD e EMC seja o comportamento passivo em relação
a busca de conhecimento. Fato que aprendemos desde pequenos quando estudamos
exatamente o que vai cair na prova com as palavras do professor e que adentra
as faculdades com as aulas gravadas.
A mudança maior está em
alterar nossa postura como aprendizes, aí sim, vai ficar fácil
mostrar que Internet, e cursos de EAD que possibilitam interatividade em
tempo real, mesmo você estando isolado geograficamente de centros
de execelência, são instrumentos para serem utilizados agora,
não no futuro. E que essas tecnologias são bem mais baratas,
e versáteis que as anteriores, é uma evolução.
E no futuro, lá teremos meios ainda
mais interessantes, para nos divertirmos descobrindo novos conhecimentos.
Um passo interessante seria prover os
professores das faculdades com um pouco de teoria da educação,
ao menos fazê-los conhecer as propostas do Costrutivismo, e outras
correntes, que já estão aí há bastante tempo.
E não simplesmente, servir como reprodutores de áudio como
boa parte dos professores faz.
O conceito de facilitador é fundamental
para a docência da atualidade e o de aprendiz para a docência
do futuro.
Kleber
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