Curso
Capacitação Docente em
Educação a Distância em Saúde
![]() O EAD, o professor e o aluno Por José Batista C. Tomaz
Este ensaio tem o objetivo de fazer uma reflexão em torno do ensino à distância (EAD), o professor e o aluno. Em particular tentarei responder as perguntas: Quais seriam os motivos que levariam um professor a trabalhar a distância? Que motivos levariam um estudante a procurar aprender a distância? O EAD Antes de responder diretamente às questões objeto desse ensaio, se faz necessária uma breve discussão em torno da conceituação do EAD. Vários termos têm sido colocados na literatura para expressar o ensino à distância. Termos como “Educação à Distância”, “Aprendizagem à Distância”, “Ensino à Distância”, dentre outros têm sido propostos. Achamos que o terceiro (Ensino à Distância) se adequa mais o que realmente acontece nessa proposta pedagógica, já que “educação” e “aprendizagem” ocorrem dentro de cada pessoa, portanto não podendo ocorrer à distância. Enquanto que o ensino é passível de se dar à distância. (para uma maior discussão sobre esse aspecto veja o trabalho de Eduardo O Chaves “Tecnologia na Educação, Ensino a Distância, e Aprendizagem Mediada pela Tecnologia: Conceituação Básica). Várias definições têm sido propostas para o EAD. Uma que parece ser bastante simples e clara é que EAD é o ensino que ocorre quando o professor e o aluno estão separados, no tempo ou no espaço. O EAD apresenta diversas vantagens: maior
alcance em termos de número e distribuição geográfica
de alunos; maior custo/benefício, embora que os custos iniciais
sejam altos; maior flexibilidade em termos de tempo e horário que
podem dedicar, uns ao ensino, outros à aprendizagem. Recursos como
páginas Web, bancos de dados, correio eletrônico, etc. estão
disponíveis 24 horas por dia sete dias por semana, e, por isso,
podem ser usados segundo a conveniência do usuário; e uma
maior Personalização e Individualização. Neste
ponto os defensores do EAD colocam maior ênfase. Na realidade o ensino
seja presencial ou à distância deveria ser adaptado a diversos
fatores pessoais e individuais do aluno, como suas necessidades próprias,
seus objetivos pessoais, seu estilo cognitivo determinado, suas estratégias
de aprendizagem, seu ritmo de aprendizagem específico, etc., além
de novos elementos, como as diferentes disponibilidades horárias,
as responsabilidades adquiridas ou o aumento da capacidade de determinação
pessoal de necessidades e objetivos. O EAD parece adaptar-se melhor a esses
fatores.
O professor Para entender quais os motivos que levariam os professores, e aqui, me refiro principalmente os docentes de programas educacionais de nível superior, é preciso compreender um pouco o seu papel e as suas características dentro do processo de ensino-aprendizagem moderno e inovador, centrado no estudante e que valoriza muito mais o como o aluno aprende e processa as informações do que o conteúdo em si. Dessa maneira o papel do professor passa a ser mais de um facilitador e estimulador do processo ensino-aprendizagem do que um mero transmissor de informações. Infelizmente sabemos que a maioria de nosso docentes não tiveram oportunidade (ou até, se tiveram, não estavam motivados) para se qualificarem pedagogicamente e, às vezes, tecnicamente. Na realidade a capacitação
e atualização de professores merece
O aluno As vantagens do EAD estimulam os alunos, em particular os adultos, a participarem de cursos a distância. Senão vejamos: o maior alcance proporcionado pelo EAD facilita o acesso aos diversos programas educacionais disponibilizados, que muitas vezes é dificultado pelos cursos presenciais. O custo para o aluno deveria ser menor, já que , em geral, o número de estudantes é bastante significante, o que, por economia de escala, tornaria o EAD mais barato. A maior flexibilidade é fundamental para a escolha de programas educacionais que usam o EAD. Os profissionais têm uma crescente necessidade de atualizar-se nas suas áreas, mas encontram dificuldades em relação ao tempo e ao local. Ênfase deve ser dada para aqueles portadores de alguma deficiência, cujo grau de dificuldade do acesso é bem mais significativo, em particular em nosso país. Finalmente a individualização e a personalização proporcionada pelo EAD estimula e motiva os alunos, à medida que os programas em EAD se adequam mais aos diversos fatores pessoais e individuais dos estudantes, como suas necessidades próprias, seus objetivos e seu estilo de aprender. No entanto se faz necessária a incorporação
de procedimentos educativos que auxiliem o estudante a ingressar na modalidade
educativa a distância. Na realidade, os alunos, geralmente, têm
forte influência dos métodos presenciais e, principalmente,
são pouco educados a estudar a partir de seu próprio esforço
individual. Neste caso, é fundamental que se oriente o estudante
(não só em um momento inicial, mas durante todo o período
em que estiver realizando atividades a distância) a estudar por conta
própria, desenvolvendo habilidades de independência e iniciativa.
Referências bibliográficas Chaves, E. O C. (1999). Tecnologia na Educação, Ensino a Distância, e Aprendizagem Mediada pela Tecnologia: Conceituação Básica. in Revista Educação da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Ano III, Número 7, Novembro de 1999 Leite, L. S. & Silva, C. M. T., (1998).
A educação a distância - capacitando professores:
em busca de novos espaços para a aprendizagem, UFRJ, Rio de Janeiro.
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