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Rosângela Diniz Chubak
Módulo 2 – aula 1
1) Que estratégias pedagógicas
você usaria como professor para reduzir o isolamento social dos alunos
em cursos de EAD, e para aumentar a interação entre eles
em determinadas atividades do curso?
Uma das estratégias que considero
importante para reduzir este isolamento acredito que seja o chat, a sala
de aula virtual, utilizada em nosso curso. Mas, para ser mais efetivo este
recurso, penso que deva ser disponibilizado em mais de um horário,
para que todos possam participar.
Outra estratégia possível,
que não interfira no ritmo e na disponibilidade dos alunos, pode
ser desenvolvida pela proposta de trabalhos em grupo, grupo este, composto
preferencialmente por duas pessoas; conforme os alunos já tenham
lido e estudado o módulo e/ou aula, estes se apresentariam ao professor,
que montaria as duplas, apresentando um tema afim, em relação
à matéria e/ou complementar, a serem desenvolvidos conjuntamente
pela dupla; o objetivo poderia ser uma discussão sobre o tema apresentado,
a qual seria repassada ao professor, ao seu final, na íntegra; estes
grupos/duplas se revezariam, de modo que ao final do curso, todos tenham
conversado, discutido, interagido com todos.
Outra possibilidade, é tomar um
ensaio/resposta de cada aluno (um por vez), e dar a partir disto, uma questão
geral para todos, os quais deveriam se reportar simultaneamente ao professor
e ao autor do ensaio/resposta.
Outra maneira de possibilitar a interação,
poderia ser pela instauração do Dia da Brincadeira ou algo
do gênero, como por exemplo, também, o Dia da Descontração,
sei lá..., no qual cada aluno enviaria a um outro colega e/ou a
todos, inclusive aos professores, e estes por sua vez, também enviariam
aos alunos ou a um aluno , um e-mail relax, descontraído, de gozação,
divertido, curioso, polêmico...
Acredito que esta atividade não
apenas poderia possibilitar uma maior interação, como também
uma maior descontração, quebrando o gelo “acadêmico
virtual” e portanto, fazendo com que as pessoas se afinem mais e porque
não, até se desafinem? Lembrando sempre em desafinar com
respeito, respeito pelo diferente, compondo sempre.
Ou então, alternar esta atividade
com outras, igualmente descontraídas do tipo:
- Como foi seu dia hoje?
- Quais são seus planos para o
futuro?
- Como é sua família?
- O que você mais gosta de fazer,
fora do trabalho?
- Quais são seus programas favoritos,
seus filmes, livros, poesias, pintores, fotógrafos, artistas....
- Hoje, o que é mais importante
na sua vida?
2) Como a EAD poderia resolver a questão
dos diferentes estilos cognitivos?
Pela utilização eficaz e
eficiente do ferramental pedagógico a ser adotado, conforme e de
acordo aos objetivos propostos.
Ou seja, adotando recursos, metodologias,
técnicas e abordagens que embasem o processo ensino/aprendizagem,
e sejam os mais adequados para maximizar este processo.
Acrescente-se a estes procedimentos a
observação e operacionalização das três
fases evolutivas do aprendizado (mecanismos básicos): difusa, analítica
e sintética.
Possibilitando também o acesso
linear e não-linear, ao conhecimento por parte do aluno, simultaneamente,
tendo o acesso linear como uma bússola, um roteiro ao acesso não-linear.
A metodologia mais adequada, ao meu ver,
seria a abordagem pedagógica construtivista, na qual o professor
é antes de tudo um orientador, induzindo o aluno ao conhecimento,
que é quem deve compor/construir seu próprio conhecimento.
Também para atender aos diferentes
estilos cognitivos, os recursos utilizados na EAD devem ser os mais diversos
possíveis, abarcando o maior número de possibilidades de
interação, sendo disponibilizados um a um, para o reconhecimento
de suas potencialidades e dificuldades de cada um – áudio, computador,
impresso, vídeo/tv – e num segundo momento, a escolha de um ou mais
recursos ficaria à critério do aluno, reconhecendo e respeitando
seu próprio estilo cognitivo.
Gostaria, neste momento, de fazer o seguinte
questionamento sobre a aula dada, parte I, sobre as seguintes afirmações:
1) “(...) a educação à
distância é muito diferente da educação presencial.
Devemos, partir do princípio que , se o aluno está longe,
então o recurso não é ensinar, e sim fazer ele aprender.
(...)”
2) (...) Ensino e aprendizagem formam
uma dupla de processos interrelacionados, que constituem a base da educação.
Educação significa sempre uma mudança no indivíduo,
que acontece em virtude do aprendizado. Quando o aprendizado é dirigido
ou um esforço sistemático externo (isto é, não
é espontâneo ou autônomo), então falamos que
existe o ensino. Existe aprendizado sem ensino, mas não existe ensino
sem aprendizado. (...)”
Ora, considerando que EAD trata-se de
um “esforço sistemático externo” ao aprendizado, logo também
é ensino!
E aí, pode-se questionar sobre
o que é ensinar? Ensina-se alguma coisa à alguém?
Mesmo no ensino presencial, é possível abrir a cabeça
do aluno enxertando-a com conhecimentos?
Tomando-se esta linha de raciocínio
então, existe aprendizado sem ensino (auto-aprendizado) e pode existir
sim, ensino sem aprendizado (entra por um ouvido e sai por outro), porque
todo aprendizado é auto-aprendizado, tendo ou não ensino!
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