No início do século nos EUA, o médico Abraham
Flexner foi contratado pelo governo americano para escrever um relatório
sobre a caótica situação provocada pelas centenas
de faculdades de medicina criadas sem nenhum critério, e que formavam
milhares de profissionais sem preparo suficiente. A mortandade dos pacientes
era aterradora.
O modesto relatório de Flexner levou a uma enorme reforma do
sistema de educação médica nos EUA. Sobraram somente
as faculdades com corpo docente de boa qualidade, ensino clínico
baseado em hospitais, boas bibliotecas e equipamentos, e nos quais os docentes
fizessem pesquisa científica e clinica.
Já no final do século XX, a American Medical Association
e os órgãos encarregados da certificação médica
promoveram outra ampla reforma, que enfatizou a necessidade de exames rigorosos
para a concessão de títulos e da licença de clinicar,
e da recertificação médica através de créditos
de educação médica continuada (CME). Isso melhorou
mais ainda a qualidade profissional dos médicos americanos, e abriu
as portas para que outras profissões de saúde seguissem o
mesmo caminho.